“Cada dia é uma luta”: Jovem pede ajuda para continuar tratamento contra leucemia

A vida de Itzel Villegas, uma mulher de 27 anos , mudou completamente após ser diagnosticada com leucemia linfoblástica aguda (LLA), um tipo de câncer no sangue. Desde então, ela passou por quimioterapia, internações e um transplante de medula óssea .
Por um tempo, ela pensou que esse procedimento marcaria o fim da doença, mas a recaída a colocou diante de um novo estágio de incerteza .
“Minhas defesas estão muito baixas e cada dia é uma luta para permanecer forte”, Itzel compartilha em um depoimento público postado nas redes sociais.
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Sua situação a levou a buscar alternativas médicas que representem uma opção viável além da quimioterapia intensiva, que pode ter efeitos colaterais muito graves.
Entre as alternativas que lhe foram apresentadas está o uso do inotuzumab ozogamicina , medicamento de alto custo disponível no México , além da possibilidade de acesso à terapia CAR-T , técnica de imunoterapia que utiliza células do próprio paciente modificadas em laboratório para atacar células malignas.
Tratamentos inovadores, esperança para os pacientesNos últimos 20 anos, o panorama da leucemia mudou significativamente graças ao desenvolvimento de imunoterapias e terapias direcionadas .
Segundo a hematologista Roberta Demichelis-Gómez, esses avanços permitiram que subtipos de leucemia antes considerados altamente agressivos, como a leucemia Filadélfia positiva, passassem de taxas de sobrevivência de menos de 30% para mais de 90% quando tratamentos orais são combinados com imunoterapia.
Em alguns casos, essas inovações permitem até mesmo reduzir as doses de quimioterapia ou eliminá-las completamente, melhorando a qualidade de vida dos pacientes e reduzindo os efeitos adversos.
“Estamos vendo que, ao integrar a imunoterapia em estágios mais precoces, os resultados são muito melhores”, explicou o especialista.
Para Itzel, o acesso a esses tratamentos representa a diferença entre continuar com terapias altamente tóxicas ou tentar alternativas com resultados promissores internacionalmente.
Uma doença mais comum entre os jovens no MéxicoEmbora a leucemia seja frequentemente associada à infância, no México a maioria dos casos de LLA são diagnosticados em adolescentes e adultos jovens entre 15 e 39 anos. Segundo Demichelis, esse grupo representa quase 70% dos pacientes tratados em hospitais do país.
Em crianças, a taxa de cura ultrapassa 90%, enquanto em adultos com mais de 55 anos, cai para menos de 30% devido à presença de comorbidades e menor tolerância a tratamentos intensivos. Isso ressalta a importância de oferecer cuidados diferenciados para cada faixa etária e desenvolver terapias adaptadas às suas necessidades.
O tempo como fator críticoUm dos principais desafios em casos como o de Itzel é que o tempo se torna um fator determinante. As leucemias agudas progridem rapidamente: em questão de semanas ou alguns meses, os sintomas se tornam evidentes, com anemia, infecções graves, febre alta e sangramento.
O diagnóstico geralmente é feito por meio de hemograma completo, um exame laboratorial simples e amplamente disponível. No entanto, pacientes que necessitam de tratamento avançado exigem continuidade médica especializada e acesso a terapias inovadoras, o que acarreta altos custos e a necessidade de recursos adicionais.
Um apelo à solidariedade“Para aqueles de nós que vivem com esta doença, esse tempo pode significar a diferença entre a vida e a morte”, diz Itzel.
Hoje, Itzel busca apoio para arrecadar fundos para continuar seu tratamento. Além de destacar a importância de novas opções terapêuticas, sua história reflete a realidade de milhares de pacientes no México que enfrentam a leucemia na juventude.
“Cada contribuição, cada compartilhamento, cada palavra de incentivo me deixa um passo mais perto da oportunidade de viver”, ela expressa em sua mensagem.
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